Estudo ambiental divulgado pelo Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Seeg) do Observatório do Clima, revelou que o país ainda caminha em ritmo frenético em relação ao resto do mundo nas emissão de gases do efeito estufa. A estimativa aponta que o Brasil poderá aumentar em até 20% suas emissões, mesmo …
Brasil na contramão do mundo: produção dos gases-estufa cresce mesmo durante a pandemia
Estudo ambiental divulgado pelo Sistema de Estimativas de Emissões de Gases de Efeito Estufa (Seeg) do Observatório do Clima, revelou que o país ainda caminha em ritmo frenético em relação ao resto do mundo nas emissão de gases do efeito estufa.
A estimativa aponta que o Brasil poderá aumentar em até 20% suas emissões, mesmo durante a pandemia. Tudo isso, consequentemente devido ao desmatamento na Amazônia e o setor agropecuário.
Enquanto isso, no resto do mundo, a expectativa é que as emissões caiam em até 6%, como resultado da diminuição da atividade industrial e do consumo de combustíveis fósseis.
Em entrevista ao Jornal Nacional, para esclarecer alguns pontos do estudo, Tasso Azevedo, Engenheiro florestal e coordenador do estudo, afirma o cenário não é nada legal para o Brasil. Em suma, e isso só está acontecendo porque o desmatamento está realmente descontrolado.
De acordo com alertas do sistema do Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inep), foi registrada uma perda de 1.202 km² de florestas só nos quatro primeiros meses de 2020. No mesmo período do ano passado, a perda de 773 km².
Acordo de Paris
Em meio esses fatos alarmantes, Marcio Astrini, secretário-executivo do Observatório do Clima, declarou que o Brasil se tornou uma ameaça ao Acordo de Paris. Certamente, diante desse cenário, o compromisso que o país tem com o planeta em diminuir suas emissões em 2ºC até o fim do século não será cumprido.
É muito triste saber que o planeta inteiro poderá pagar a contar por causa de uma única nação. Por outro lado, também é precipitado culpar a todos por causa da falta de respeito ao meio ambiente de algumas pessoas.
No momento, a única coisa que nos resta é continuar pensando globalmente e agindo localmente, sem perder as esperanças. Acima de tudo, precisamos transformar esses dados tristes em energia em prol do nosso planeta.
Vamos ecoalizar, seja na segunda sem carne, seja com o consumo consciente, seja levando informação para quem não faz ideia do que está acontecendo no mundo. Compartilhe esse texto com seus amigos e familiares e ecoalize você também.
Larissa Martins
A @lariecoaliza acredita que sustentabilidade é um exercício de cidadania que deve ser praticado por todos: governos, empresas privadas e população. E depois de anos praticando a sustentabilidade sozinha – do jeito que aprendeu com os seus pais – entendeu que chegou a hora de compartilhar o seu conhecimento e assim construir uma rede de sustentabilidade com potencial para ecoalizar o vizinho, a rua, o bairro, o país e o mundo. Afinal, cada ação sustentável pode (obviamente) fazer muita diferença. E aí, vamos nessa?
